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Vice-prefeito ordenou a morte de ex-vereador, aponta Polícia

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Efrém Ribeiro, Meio Norte

Teresina, Piauí - O delegado geral da Polícia Civil, James Guerra, afirmou nesta sexta-feira, 15, que foram cumpridos cinco dos seis mandados de prisão dos responsáveis pelo assassinato do ex-vereador e candidato derrotado à prefeitura de São Julião, Emídio Reis, no dia 31 de janeiro. Segundo ele, o autor intelectual do crime foi o vice prefeito de São Julião, Francimar Pereira.

James Guerra declarou que o crime não foi 100% esclarecido. As investigações continuam e serão feitas novas prisões.

Direto da Aldeia publicou sobre o caso:
Político do Piauí foi torturado e enterrado vivo

Guerra declarou que Francimar Pereira contratou cinco pessoas para executar o assassinato de Emídio Reis por causa das eleições municipais do ano passado, em que o ex-vereador ficou em segundo lugar e impetrou uma reclamação na Justiça Eleitoral de São Julião denunciando abuso de poder econômico e político nas eleições de prefeito e vice prefeito.

Ex-vereador Emídio Reis concorreu ao cargo de prefeito em 2012
A outra causa do crime foi a rixa política entre Emídio Reis e Francimar Pereira, iniciada nos debates das eleições para prefeito de São Julião, ocorridas em outubro do ano passado. James Guerra declarou que a morte de Emídio Reis foi decidida em uma reunião realizada em novembro, e informou que a polícia já tem o nome dos participantes dessa reunião. Guerra disse também que foram presos na operação Mandacaru o armeiro que forneceu as armas usadas no assassinato e o dono do carro utilizado no assassinato. "Uma pessoa de confiança de Emídio Reis o chamou e atraiu para o crime", finalizou o delegado.

James informou que Francimar Pereira mandou matar Emídio Reis também porque tinha a perspectiva de assumir o mandato de prefeito de São Julião, já que havia um acordo do prefeito José Necy (PP) governar dois anos e passar o mandato para Francimar exercer osa dois anos restantes. Segundo Guerra, isso já tinha acontecido no mandato passado, quando Francimar Pereira ocupou a prefeitura por dois anos. James Guerra declarou também que a rixa entre os dois tinha sido acirrada porque Emídio Reis foi acusado de tentativa de atentado a Francimar Pereira, o que resultou num ferimento a bala de um assessor do vice-prefeito.

A Polícia Civil também está apurando o desaparecimento, em São Julião, do acusado de ser o responsável pelo atentado contra Francimar Pereira.

No caso, a Polícia Civil também apura crimes de agiotagem e pistolagem, já que dois dos assassinos de Emídio Reis são pistoleiros que moram em uma cidade vizinha a São Julião. Durante o transporte de acusados do assassinato de Emídio Reis de São Julião para Teresina, onde fica a sede da Greco, ocorreu um acidente automobilístico, no qual o automóvel Corsa derrapou na rodovia BR 316 no município de Demerval Lobão, mas ninguém ficou ferido.

Assassinos de político
teriam ido ao velório

Pedro Alcântara, 180 Graus

Uma informação que passou batida no caso Emídio Reis. Dois dos assassinos foram ao velório da vítima e choraram abraçados aos parentes. Um deles, foi candidato a vereador na chapa de Emídio.

O outro, é exatamente o indivíduo que levou Emídio para o “cheiro do queijo”, ou seja, foi ele quem parou o vereador na rodovia, simulando obter uma informação. Ficaram conversando até que o resto do bando chegasse para executar o plano de morte. Foram ao velório, choraram e lamentaram o ocorrido.

Antes, quando ainda não se sabia do paradeiro do corpo, se colocaram a disposição da família para ajudar na localização.
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