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Energia deve ser canalizada para financiamento limpo, aponta juiz

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Ato unificado deve ocupar as ruas de Imperatriz

Mariana Castro

Imperatriz, MA - Na tarde desta quinta (20), estudantes, servidores públicos e movimentos sociais de Imperatriz devem se unir e reivindicar melhorias no município. As causas a serem levantadas vão desde o rompimento do contrato do município com a empresa que presta serviços de transporte público – Viação Branca do Leste (VBL) até manifestações por maior investimento em cultura, saúde e educação. A concentração será na Praça de Fátima, a partir das 16h.

Márlon Reis critica financiamento
empresarial das campanha políticas
Inicialmente, o ato foi idealizado pelo Movimento #ForaVBL, mas diante do fervor de manifestações em todo o país e da urgente necessidade de serem levantadas outras causas, movimentos como o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Centro de Promoção de Cidadania e Defesa dos Direitos Humanos Padre Josimo, Movimento Feminista de Imperatriz, Movimento de Resgate do Grande Santa Rita, Coletivos “Rompendo Amarras” e “Juntos”, além de Departamentos e Centros Acadêmicos e Diretórios Centrais de Estudantes da Uema e da Ufma, compõem a organização.

Na cidade, assim como em outras regiões do país, surgem reivindicações dos mais variados setores. O descontentamento é generalizado. “Por mais qualidade no transporte público, passe livre pra estudantes, mais saúde, mais educação, mais praças, mais cultura, menos violência, menos corrupção. Insisto: não podemos reduzir um movimento nacional tão amplo a uma empresa. O problema é público, é estrutural, é de responsabilidade dos governos”, destacou o jornalista Marcos Franco Couto.

Em conformidade com o comentário de Couto, a estudante Lanna Luiza Bezerra, destaca que “Imperatriz tem que acordar e exigir o que é seu de direito. O movimento ‘vem pra rua imperatriz’ é uma luta por respeito, melhoria no transporte público, saúde, educação”.

Ao avaliar as recentes manifestações que têm eclodido no país, especialistas como o doutor em Sociologia Vicente Faleiros declaram que além de aspectos pontuais, como a melhoria do transporte público, a população deve exigir a reestruturação do sistema eleitoral no país, de forma que garanta uma democracia mais participativa do que representativa. Veja matéria.

No Brasil, o juiz de Direito da comarca de João Lisboa (MA) e idealizador da Lei da Ficha Limpa, Márlon Reis, através do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), tem levantado discussões por uma reforma política de iniciativa popular, com propostas elaboradas a partir dos reais anseios da sociedade civil.

Raiz das demais mazelas sociais, Reis ataca veemente o financiamento empresarial de campanhas eleitorais e destaca o momento. “Toda essa energia social deve ser canalizada para a mais importante das lutas sociais: a mudança profunda do sistema político-eleitoral. O financiamento empresarial é o câncer das eleições. Os doadores mandam nos governos. Precisamos extirpar esse mal".
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