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Gelson Carnaúba do FDN é transferido do MS para o AM

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Gelson Carnaúba
A Crítica

Manaus, AM. A Secretária de Estado da Justiça e de Direitos Humanos (Sejus) vai repatriar do presídio federal de Mato Grosso do Sul para Manaus o traficante e homicida Gelson Carnaúba (Foto ao lado), considerado um dos bandidos mais perigosos do Estado. A medida foi para acalmar a tensão nas oito unidades prisionais do Estado, nas quais integrantes da facção criminosa Família do Norte (FDN) deflagraram greve de fome na quinta-feira (14).

O acordo com os bandidos foi fechado por volta das 14h pelo diretor do Departamento do Sistema Penitenciário (Desip), tenente-coronel Allan Rolim, que se reuniu com a liderança da FDN, na Unidade Prisional do Puraquequara, na Zona Leste de Manaus, onde estão presos Jander Araújo da Silva, o “Boca Rica”, José Eduardo Viana, o “Eduardão”, Jorge Moçambite da Silva, considerados líderes da facção.

Depois da reunião com o diretor os presos aceitaram a alimentação.

Segundo o argumento dos presos, desde a última rebelião, ocorrida no dia 9 de julho deste ano no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), quando 176 internos fugiram na maior fuga da história do sistema prisional brasileiro, que os detentos tentam falar com o secretário, porém não conseguem. Outro detalhe é que no dia 4 de dezembro termina o prazo de Carnaúba no presídio federal, mas a permanência dele poderia ser mantida diante de sua periculosidade.

Gelson Carnaúba, considerado fundador da Família do Norte, é acusado de ter comandado a rebelião mais sangrenta do Sistema Penitenciário do Amazonas ocorrida em 2002, junto com outros presos identificados como Marcos Paulo, Francisco Álvaro e Elmar Libório, o “Macaxeira”. Eles foram julgados e condenados pela morte de 14 presos que cumpriam pena no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), localizado no Km 8 da rodovia BR-174 (Manaus-Boa Vista). Por causa dessas mortes, Carnaúba pegou 120 anos de prisão.

A greve de ontem no sistema prisional começou a ser executada de manhã cedo, quando os integrantes da facção criminosa receberam ordem de recusar o café da manhã e as refeições seguintes, até que o secretário de Justiça atendesse as reivindicações do grupo.
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