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Fotos: Decapitados na rebelião de Pedrinhas e 'Vida Pregressa'

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Redação

São Luís, MA. A polícia civil do Maranhão tratou de difundir que uma guerra entre membros de uma mesma facção teria determinado a rebelião de hoje, terça-feira, 17 de dezembro de 2013 no Complexo de Pedrinhas em São Luís e que culminou com quatro mortes.

Porém, a história pode ser outra. Os assassinatos nos presídios podem ser mais do que guerra de facções, podem ser crime de encomenda. De quem pretende 'queimar verdadeiros aquivos vivos'.

Conheça a chamada 'vida pregressa' de três, dos assassinados. E veja a foto de três deles quando ainda estavam com suas cabeças. Ele foram decapitados, conforme informou a Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária do Estado do Maranhão (Sejap).

Irismar PereiraOrtelia,Dilson Clay e Manoel Laércio

Pai, mãe e filho são presos com mais de 500 quilos de maconha

Valquíria Ferreira, Jornal Pequeno

Policiais militares da 11ª Companhia Independente da Polícia Militar (PM) prenderam, ontem (27), três pessoas da mesma família, que transportavam mais de 500 quilos de maconha, em uma caminhonete S10, no município de Presidente Dutra. O casal Ortelia Oliveira Ribeiro, de 47 anos, e Manoel Laércio dos Santos Ribeiro, 46, foi preso com o seu filho Dilson Gley Rodrigues, 29, em uma barreira da PM, montada na BR-135.

De acordo com o major Harlan Silva do Nascimento, da 11ª Cia da PM de Presidente Dutra, os presos foram parados por três militares que estavam na barreira e a droga foi encontrada na carroceria do veículo. “O condutor do veículo estava muito nervoso e tinha duas armas na cintura. Os presos chegaram a oferecer R$ 20 mil para cada policial militar; no entanto o suborno foi negado e os suspeitos foram capturados em flagrante”, contou.

Com os acusados, foram apreendidos uma pistola PT 45, uma pistola 9 mm, a caminhonete S10 e cerca de 500 quilos de maconha prensada. Os três foram transferidos para São Luís e apresentados durante a tarde, em uma entrevista coletiva, no auditório, da Secretaria de Segurança Pública (SSP), no Outeiro da Cruz.

Segundo o secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, a droga havia sido comprada no estado de Goiás por R$ 400 mil e seria comercializada no Maranhão por R$ 2 milhões. “O trio é natural do Amapá, porém estava há muito tempo no Maranhão e agora foi preso com uma grande quantidade de drogas. Estamos satisfeitos com a ação realizada pela Polícia Militar e vamos continuar trabalhando para tirar de circulação os grandes traficantes”, disse.

Ortelia Ribeiro, Manoel Laércio Ribeiro e Dilson Gley Rodrigues vão responder pelos crimes de tráfico de drogas, associação ao tráfico e crime de corrupção ativa (suborno). Manoel Laércio ainda vai responder por porte ilegal de arma.

Irismar Pereira tem duas situações claras no noticiário policial. Ele é acusado de crime de pistolagem mas sua condenação acabou acontecendo por motivo de ciúmes. De acordo com o Ministério Público do Maranhão, foi ele quem encomendar a morte de um motorista da Taguatur.

Noutra situação, Irismar Pereira deixa de ser mandante para ser o executor de um líder quilombola. Reveja os dois casos:

Suspeito de ser mandante da execução pode pegar 30 anos de prisão

O Imparcial

No início da manhã desta quarta-feira (5 de janeiro de 2011), policiais da Delegacia de Homicídios prenderam o autônomo Irismar Pereira, de 31 anos. Ele foi preso dentro da própria casa, no Residencial Paraíso, na Vila Embratel. Irismar é um dos principais suspeitos de ser o mandante da execução do motorista da Taguatur, Ronielson Lima Pinheiro, de 28 anos, o “Roni”. O crime aconteceu em 14 de setembro do ano passado.

No dia 19 de setembro de 2013, o Portal do Judiciário divulgou:

Também no 3º Tribunal do Júri foram condenados Irismar Pereira e Wesley Pereira, pela morte do motorista de ônibus  Ronielson Lima Pinheiro, no dia 14 de setembro de 2010, no ponto final da linha de ônibus do  Residencial Paraíso, na Vila Embratel.

Conforme a denúncia, Irismar Pereira foi o mandante e o sobrinho dele, Wesley Pereira, o executor do crime. O motivo seria ciúmes que Irismar tinha de sua esposa com vítima.

Réus presos, tio e sobrinho compareceram ao julgamento, no dia11, e a juíza Kátia Coelho Dias manteve a prisão dos dois. Cada um cumprirá pena de 13 anos de reclusão. Irismar Pereira já responde a outros processos judiciais.

Em 24 de fevereiro de 2011, o Jornal Pequeno, com reportagem de Oswaldo Viviani,  publicou sobre a participação de Irismar no assassinato de líder quilombola:

O desembargador Antonio Fernando Bayma Araujo, do Tribunal de Justiça do Maranhão, concedeu hoje (23) habeas corpus ao fazendeiro Manoel de Jesus Martins Gomes, o “Manoel de Gentil”, de 53 anos, acusado de ser o mandante do assassinato, com 7 tiros, do líder quilombola Flaviano Pinto Neto, 45, ocorrido em 30 de outubro do ano passado, no povoado Charco, em São Vicente Ferrer. O fazendeiro havia sido preso temporariamente na manhã de ontem (22), em cumprimento a um mandado da juíza Odete Maria Pessoa Mota, titular da comarca de São João Batista. A motivação do assassinato de Flaviano, segundo a polícia, foi a disputa por terras entre os quilombolas e “Manoel de Gentil” na Baixada Maranhense.

‘Rico não fica na cadeia’

Ouvido pelo Jornal Pequeno, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MA), Luís Antônio Pedrosa, afirmou que a decisão do desembargador demonstra como funciona o sistema de Justiça do Maranhão. “Rico não fica na cadeia”, disse Pedrosa.

Flaviano Pinto Neto era presidente da Associação dos Pequenos Produtores Rurais do Povoado Charco. Segundo a polícia, ele foi assassinado depois de ser atraído para uma cilada pelo ex-policial militar Josuel Sodré Sabóia, preso no último dia 2 no Anjo da Guarda (São Luís).

O suspeito de ser o executor do crime é Irismar Pereira, 31 anos – que também já está preso desde 5 de janeiro passado, mas sob a acusação de mandar matar o motorista Ronielson Lima Pinheiro, o “Roni”, 28 anos. O crime aconteceu em 14 de setembro de 2010, e teria motivação passional.

Em 2009, o Ministério Público Federal (MPF) entrou no caso, a pedido dos líderes quilombolas Flaviano Neto e Manoel Santana da Costa. Após isso, ambos se tornaram homens marcados para morrer, passando a receber ameaças frequentes de gente ligada a “Manoel de Gentil”. No final de outubro do ano passado, Flaviano foi morto. Manoel Santana continua sendo ameaçado.
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