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Marilha de Repente
Gerson Pinheiro
Lua clara
Madrugadas
Serenatas
Rubras velas
Bianas no mar.
Coração marcado a fogo
O medo de capelobo
Que apareça.
Carruagem puxada à mula sem cabeça
Eu vou te esperar.
Envolta em águas correntes
Líquido anel, tal serpente
Que num toque de repente
Deixa a gente se encontrar.
Lua clara
Madrugada
Serenatas
Rubras velas
Bianas no mar.
Coração marcado a medo
Nas contas contam os dedos
Nas tranças danças, folguedos
Eu vou te abraçar.
Chegar em breve evento
Rasgar teu leve ornamento
Elementos misturar.
Eu viração transparente
Navegar tuas correntes
Num eterno
Encontrar.
Movimento
Gerson Pinheiro
A procura de parar nessas paragens
No seguro porto do movimento
Na incessante busca do ancorar
Quando encontrares o acerto é um momento.
E dos longos dedos do eterno
O constante cavalga sobre o tempo
Transformando o ontem em amanhã
E o acerto encontrado foi-se ao vento.
Hás de buscar na geometria do espaço
O lugar viajando espiralático
E veras quanto o simples é complexo.
O acaso atropelou teu acerto em tempo
Deformando outra vez o teu evento.
É preciso insistir na eterna busca
Transformar, transportar teu sentimento
E no ultracoquitel da dialética
Descobrir que em constante cavalgar
O repouso do eterno é o movimento.
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