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Acusado de executar ataques a ônibus estava preso até 2013

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Ônibus Incendiado
Ataques a ônibus é a resposta das facções quando o estado deixa de atender reivindicações
Redação

São Luís, MA. A polícia prendeu hoje no bairro Monte Castelo, Hilton John Alves Araújo, acusado de coordenar os ataques a ônibus do transporte de passageiros urbanos em São Luís na noite de ontem. Ele é conhecido como Praguinha.

Em abril de 2011, Praguinha foi preso com mais duas mulheres na rua do Arame, nesta capital, e na ocasião foi apreendida uma pistola calibre 9mm e ainda balança de precisão e entorpecentes.

Direto da Aldeia publicou sobre crise na Administração Penitenciária no Maranhão:
CNJ desmente governo do MA sobre mortes em Pedrinhas
Líderes de facção estupram mulheres de presos em Pedrinhas
Maranhão sem lei: Rebelião em Pedrinhas e ônibus queimados nos bairros
Número de assassinatos permanece em alta no governo Roseana

Identificado como um dos líderes de facção e das rebeliões em Pedrinhas, ele foi transferido no mesmo ano para o presídio federal de Campo Grande no Mato Grosso do Sul.

Em março de 2012, Praguinha estava de volta ao Maranhão. O estado cedeu às pressões dos líderes de facções que exigiam seu retorno como forma de acabar com as seguidas rebeliões e os assassinatos de policiais militares. Até uma greve de fome de presidiários foi organizada em novembro de 2011 e uma das exigências era a volta do acusado de comandar as operações de ontem à noite.

Em janeiro de 2013, Hilton John ainda estava preso, conforme despacho da juíza Ângela Maria Moraes Salazar da Vara da Família que presidiu audiência onde Jaciara da Cunha Wan Lume pediu o fim da união estável com seu ex-companheiro. Ambos foram presos na mesma ocasião em 2011 por tráfico de entorpecentes.

Um ano depois, hoje, Praguinha é preso novamente entre o fim da tarde e o início da noite. E quando fugiu?  A polícia nem tampouco divulga sua condição de ex-presidiário. Devia então estar cumprindo o novo regime penal adotado no Maranhão em que o preso fica de dia na penitenciária e sai à noite para 'trabalhar', ou seja, para praticar novos delitos, a exemplo de Júnior Bolinha.

Direto da Aldeia publicou:
Maranhão: Preso deixa a cadeia à noite e sequestra empresário

Ou então, de fato, a prisão é somente uma espécie do que se convencionou chamar de satisfação à sociedade. A crise dentro e fora do Complexo de Pedrinhas, portanto, deve continuar.
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